A desolação de Shira
Dia 2. Segunda, 10 Fev 2014 O sono foi profundo e retemperador, apesar das pesadas chuvas da madrugada. Despertar às 7, pequeno-almoço na tenda de refeições, abundante: papas de aveia, tostas, omeletes, bananas (Ndizi), chá ou leite em pó. São 8h40 quando finalmente iniciamos a marcha, com o acampamento quase todo levantado. O ar exala humidade, pinga ainda e patinamos um pouco no trilho de lama já pisada pelos mais madrugadores. Embrenhamo-nos na floresta. E que floresta! É um mergulho no Jurássico, gigantescas árvores surgem como pináculos, ou então de troncos retorcidos, torturadas, e longos líquenes pendendo dos seus ramos como barbas de druida. O caminho sobe e desce, tortuoso, cruzando pequenos riachos, um assombro de vegetação e de flores, como a Protea kilimanjarica , de grossas cascas de aspecto pré-histórico mas abrindo-se em delicadas corolas amarelo-claro. Freddie vai explicando, aqui o Yellow Wood , ali a Christmas Tree , coberta de líquenes, flores exóticas com nome...