Regressos e escrita de viagens
Depois de uns meses de ausência, o blogue reanima-se, regressa à vida, e desta vez o pretexto é uma viagem muito próxima, quase sem sair do mesmo sítio, mas nem por isso de horizontes mais estreitos.
Há algum tempo, tive o privilégio de participar no Workshop de Escrita de Viagens do Filipe Morato Gomes. O Filipe é uma "espécie de viajante profissional", como ele próprio se define, um misto de aventureiro, jornalista, guia, globe-trotter, nómada e cronista, que está tão à vontade numa tasca do bairro da Graça como numa floresta de gorilas em África ou numa viela de adobe no fundo do Irão. O Filipe não é um académico da coisa, prefere o sorriso e a informalidade e fala apaixonadamente, brilha-lhe algo no olhar como se por momentos estivesse novamente noutro continente, entre outros odores e outros sorrisos. Por três dias reuniram-se 12 pessoas tão diferentes como uma avó a tempo inteiro, um fotógrafo semi-profissional ou uma professora de veterinária, alguns com milhares de quilómetros percorridos, outros com poucos, mas em pouco tempo já nos conhecíamos há anos e já se combinavam os jantares e as tertúlias. Artes do Filipe? Certo é que as horas voaram, tomámos nota de algumas dicas e aí estávamos nós em viagem de campo, pela Mouraria acima, mas podia ser noutro canto do mundo.
Não se sai do Workshop com uma pós-graduação em escrita, sai-se com (mais) vontade de ver o mundo, de abrir mais os olhos e pensar no papel sobre o que vemos e vivemos. A viagem está aí, tanto pode ser aos confins da Nova Zelândia como ao fundo da nossa rua, e nela estão as pessoas, muitos rostos que contam histórias tão diferentes das nossas.
Do trabalho de campo saiu o próximo post, um percurso pela Mouraria e Graça em dia de chuva.
Obrigado pela generosidade, Filipe, e boas viagens!
Workshop de Escrita de Viagens
http://www.fmgomes.com/workshop-escrita-de-viagens/
Há algum tempo, tive o privilégio de participar no Workshop de Escrita de Viagens do Filipe Morato Gomes. O Filipe é uma "espécie de viajante profissional", como ele próprio se define, um misto de aventureiro, jornalista, guia, globe-trotter, nómada e cronista, que está tão à vontade numa tasca do bairro da Graça como numa floresta de gorilas em África ou numa viela de adobe no fundo do Irão. O Filipe não é um académico da coisa, prefere o sorriso e a informalidade e fala apaixonadamente, brilha-lhe algo no olhar como se por momentos estivesse novamente noutro continente, entre outros odores e outros sorrisos. Por três dias reuniram-se 12 pessoas tão diferentes como uma avó a tempo inteiro, um fotógrafo semi-profissional ou uma professora de veterinária, alguns com milhares de quilómetros percorridos, outros com poucos, mas em pouco tempo já nos conhecíamos há anos e já se combinavam os jantares e as tertúlias. Artes do Filipe? Certo é que as horas voaram, tomámos nota de algumas dicas e aí estávamos nós em viagem de campo, pela Mouraria acima, mas podia ser noutro canto do mundo.
Não se sai do Workshop com uma pós-graduação em escrita, sai-se com (mais) vontade de ver o mundo, de abrir mais os olhos e pensar no papel sobre o que vemos e vivemos. A viagem está aí, tanto pode ser aos confins da Nova Zelândia como ao fundo da nossa rua, e nela estão as pessoas, muitos rostos que contam histórias tão diferentes das nossas.
Do trabalho de campo saiu o próximo post, um percurso pela Mouraria e Graça em dia de chuva.
Obrigado pela generosidade, Filipe, e boas viagens!
Workshop de Escrita de Viagens
http://www.fmgomes.com/workshop-escrita-de-viagens/
Gostei muito deste texto. Continuas com muita garra. Espero que te estejas a dar bem aí pela Dinamarca. Abraços.
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