Viajantes epistolares

Perdeu-se, na era da vertigem digital, a arte de escrever cartas. Quando era pequeno, lembro-me ainda das cartas em papel de linhas e caligrafia alinhada, para a avó e as tias da Beira Alta, meio contrariado em tardes de Verão e de tédio, depois das cartas da adolescências, aos amigos distantes ou não tanto, e dos postais e bilhetes de viagens cheios de novidades e saudades.

Neste blogue de viagens retoma-se hoje essa antiga tradição epistolar, morta ou moribunda pelos e-mails e sms e whatsapps de abreviaturas ilegíveis. Não com a pretensão dos grandes mestres, quais Eça e Ortigão a trocarem farpas ou em cavalgadas loucas pela estrada de Sintra, que não temos nem o talento nem a lata. Será apenas um ensaio de cartas digitais, trocadas entre dois pontos do mundo e com os pontos de vista respectivos. O meu interlocutor é o Miguel Meira e Cruz, cientista com laivos de escritor, ou pelo menos acentuada queda para as letras, que aqui vai partilhar os próximos posts deste blogue.

Bem-vindo! Vamos às viagens.


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