Viagem ao Huangshan

Dia 12 - 14 Agosto

Táxi matinal até à West Bus Station de Hangzhou, onde chegamos um pouco em cima da hora. Tudo é mais fácil na China quando se leva um papel com o que queremos escrito em chinês. Não há dúvidas e embarcamos no das 9.50 para Tangkou, no Huangshan, o monte amarelo, uma viagem de 3 horas e meia por auto-estradas bem cuidadas e com invulgar espaço para as pernas. Sucedem-se as colinas ondulantes com plantações de chá e matas de bambu, depois montanhas mais abruptas e rios profundos, até Tangkou,  pequeno amontoado de hotéis e restaurantes de baixa categoria, letreiros coloridos e traseiras decrépitas, no sopé do Huangshan.


O Pine Ridge Lodge fica mesmo junto à entrada do Parque Nacional, no sopé da encosta, com os quartos simples numa "cottage" anexa a abrirem para uma mata fresca. Wayne Tong, o anfitrião, é chinês mas viveu na Califórnia desde criança, como transparece logo no sotaque e na cordialidade americana. Move-se com a familiaridade de quem singrou na vida e montou o seu pequeno império caseiro, os pequenos olhos sorridentes sempre atentos. Organiza-nos logo: horas, mapa, percurso traçado, o que queremos almoçar, autocarro para Xangai, passeio à tarde.


À tarde somos conduzidos ao Vale Esmeralda, uma atracção natural a poucos quilómetros transformada em mais um lucrativo negócio, chinese-way: entradas pagas, as vendas de comida e bugigangas e um slide para quem queira deslizar vale abaixo em segundos. Mas o vale é bonito, há piscinas naturais de verde transparente e a mata de bambu parece algodão verde e felpudo.
Jantamos no bosque privativo do Lodge, com incenso a arder para manter os mosquitos afastados,  enquanto Wayne beberrica o seu vinho australiano, sentado na penumbra. Amanhã subimos ao Huangshan. Nós e, certamente, muitos, muitos chineses.


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