Viagem ao Império do Meio: epílogo
Dia 17 - 19 Agosto
A caminho do aeroporto de Pudong para embarcar no voo nocturno para Frankfurt, saio da China pelo futuro, no fabuloso comboio Maglev, que levita sobre a linha num campo magnético, atingindo os 430 km/h.
Ao
longo destes dias vi várias Chinas, desde a China imperial, cheia de
rituais e pompa, nos imensos pavilhões da Cidade Proibida; a China
antiga, poderosa civilização que construía muralhas de mil quilómetros e
enterrava enormes exércitos de terracota para defender o outro mundo,
em Xi'an; a China tradicional, dos Hutongs de Pequim aos pátios de
Xi'an, da caligrafia, do Tai Chi, dos papagaios de papel e da cozinha
riquíssima; a China natural, de paisagens clássicas, montanhas brumosas, jardins do paraíso,
pavilhões reflectidos nos lagos; a China de Mao, cinzenta, na imensa praça
Tian'anmen, nos vestígios infelizes da Revolução Cultural; a China
capitalista, vertiginosa, nos arranha-céus de Pudong, nos centros
comerciais apinhados e condomínios de luxo; a China das pessoas, muito
diversas, sorridentes e afáveis, um imenso país de jovens e crianças,
que em 30 anos se transformou radicalmente.
No entanto, a China ficou lá, ainda por desvendar, por compreender, na sua lógica milenar, aparentemente indiferente ao que o Ocidente possa pensar dela.
Comentários
Enviar um comentário