Palácio de Verão
Dia 2 - 4 Agosto
A noite foi de insónia e jetlag, o que acabou por deitar por terra os planos de estar bem cedo à porta do Palácio de Verão. O dia hoje está muito mais abafado, a roupa começa a pegar-se ao corpo ainda não chegámos ao fundo da rua, mas o metro é fresco, até os corredores de acesso estão climatizados.
O retiro de Verão dos Imperadores, Imperatrizes, concubinas e demais corte fica num local aprazível afastado do centro, em redor do lago Kunming. É um recinto enorme, de paisagem delicada, salpicado de templos budistas, caminhos bordejados por salgueiros e pessegueiros, uma pérola de arquitectura chinesa perfeitamente integrada na paisagem. Nomes como o Pavilhão da Fragrância Budista, Ponte do Cinturão de Jade ou o Salão da Benevolência e Longevidade expressam bem a natureza mágica do local e a poética nomenclatura chinesa, mais apropriada para contos de fadas. O "qin" (animal mitológico que surge apenas em épocas de harmonia), a fénix e o dragão parecem habitar ainda por aqui.
O dia vai caindo cada vez mais sufocante, irrespirável de humidade, as nuvens amontoam-se a noroeste, tapando já o alto pagode que se via na encosta da montanha, e a borrasca nao tardará.
Caiu-nos em cima mais tarde, quando procurávamos o restaurante onde se come um famoso pato lacado e onde o inglês não habitava. A persistência valeu: nunca comi um pato tão bom na minha vida, num ambiente que mais parecia o pátio de uma qualquer família chinesa - os cozinheiros, depois de nos trincharem a ave com grande arte, foram comer animadamente o seu jantar na mesa do lado.
O pato tem realmente um aspecto fantástico. Estou a ficar com fome :P
ResponderEliminar