Viagem ao Império do Meio
Dia 0 - 2 Agosto 2013
A 35000 pés, o avião sobrevoa longínquas regiões
entre a Polónia e a Russia, com uma faixa de laranja avermelhado ainda
visível a Ocidente, bem à esquerda da minha janela. Sao 3 da manhã em
Pequim, para onde nos dirigimos, bem como aliás em toda a China
comunista, apesar desta atravessar um território com a largura de 3
fusos horários.
É o principio da jornada de 17 dias ao antigo Império do Meio, dragão milenar que apesar do crescimento vertiginoso e abertura ao estrangeiro nas últimas décadas, mantém uma aura de mistério, algures entre a China tradicional, tão fechada como a sua indecifrável mas fascinante caligrafia, e a gigantesca potencia económica mundial.
A leitura do China Daily, versão inglesa, revela algo do que se poderá esperar neste país de contrastes: uma crónica sobre a decadência da América e o crescimento das doenças mentais, às quais todo o extremo oriente parece relativamente imune, um artigo sobre o comportamento dos turistas chineses no estrangeiro, que motivou um apelo "educacional" das altas instituições do Partido para melhorar a imagem da China no mundo.
Na mala, dois livros de autores chineses para tentar ajudar a desvendar um pouco do mistério - Jung Chang e a saga de 3 gerações da sua própria família e da história da China ao longo do ultimo século, os "Cisnes Selvagens"; e o recente Prémio Nobel Mo Yan. Lembrei-me depois que ambos estiveram proibidos na China, e talvez nao sejam ainda leitura benigna enquanto a múmia de Mao permanecer congelada na Praça Tian'anmen. Espero que não me revistem a bagagem.
NOTA: a ideia de publicar estas notas em tempo real foi rapidamente abandonada quando percebi que na China não se consegue aceder a blogues ou redes sociais. Ficam aqui publicadas em diferido, acabado de aterrar em Lisboa.
É o principio da jornada de 17 dias ao antigo Império do Meio, dragão milenar que apesar do crescimento vertiginoso e abertura ao estrangeiro nas últimas décadas, mantém uma aura de mistério, algures entre a China tradicional, tão fechada como a sua indecifrável mas fascinante caligrafia, e a gigantesca potencia económica mundial.
A leitura do China Daily, versão inglesa, revela algo do que se poderá esperar neste país de contrastes: uma crónica sobre a decadência da América e o crescimento das doenças mentais, às quais todo o extremo oriente parece relativamente imune, um artigo sobre o comportamento dos turistas chineses no estrangeiro, que motivou um apelo "educacional" das altas instituições do Partido para melhorar a imagem da China no mundo.
Na mala, dois livros de autores chineses para tentar ajudar a desvendar um pouco do mistério - Jung Chang e a saga de 3 gerações da sua própria família e da história da China ao longo do ultimo século, os "Cisnes Selvagens"; e o recente Prémio Nobel Mo Yan. Lembrei-me depois que ambos estiveram proibidos na China, e talvez nao sejam ainda leitura benigna enquanto a múmia de Mao permanecer congelada na Praça Tian'anmen. Espero que não me revistem a bagagem.
NOTA: a ideia de publicar estas notas em tempo real foi rapidamente abandonada quando percebi que na China não se consegue aceder a blogues ou redes sociais. Ficam aqui publicadas em diferido, acabado de aterrar em Lisboa.
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